Criadores de Mato Grosso do Sul já estão vacinando o gado contra febre aftosa. Este ano, a campanha foi dividida para facilitar a fiscalização.
Logo no início da campanha em Mato Grosso do Sul, o criador Jorge Tupirajá começou a vacinar o rebanho. Até o fim de outubro ele pretende estar com as 330 cabeças de gado imunizadas. Durante a vacinação ele toma todos os cuidados para manter a temperatura ideal, de até no máximo oito graus. Na aplicação, o manejo correto com a pistola traz maior eficiência.
“Não pode haver refluxo na vacina. Caso haja refluxo, o animal deve ser vacinado novamente”, explicou seu Jorge.
Todos os animais devem ser imunizados. Serão 21 milhões de cabeças de gado. Mas não todos ao mesmo tempo. No Estado a campanha é dividida em três etapas: no planalto a vacinação começou no dia 20 de outubro e vai até 20 de novembro; na planície pantaneira a campanha também começou dia 20, mas termina cinco de dezembro; e na zona de alta vigilância, região de 1,5 mil quilômetros de extensão, onde estão 12 municípios que fazem fronteira com a Bolívia e o Paraguai, a imunização começa 20 de novembro e vai até 20 de dezembro. Nessa área os produtores serão acompanhados por equipes da Iagro durante a vacinação.
O diretor da Iagro explicou que a mudança foi necessária porque não há técnicos suficientes para acompanhar os trabalhos em todas as regiões ao mesmo tempo. Como o Estado acompanha a vacinação em assentamentos de áreas indígenas sobra pouco contingente para ajudar na área de fronteira. Daí a necessidade de dividir o calendário do Estado.
“A demanda na região de fronteira é feita integralmente pelos nossos técnicos. Então, nós fizemos a antecipação para poder disponibilizar as nossas equipes para trabalhar na região de fronteira sem o prejuízo das suas bases municipais”, disse Roberto Bacha, diretor da Iagro.
Para otimizar o trabalho dos técnicos da Iagro a campanha foi antecipada em dez dias para não coincidir com a vacinação na zona de alta vigilância, mas muitos produtores disseram que foram pegos de surpresa e tiveram de correr contra o tempo para se preparar.
Esse foi o caso de seu Sebastião Solano. O pecuarista não sabia que a campanha havia sido antecipada.
O governador do Estado, André Puccinelli, também liberou recursos de R$ 150 mil para a construção de mais 11 postos fixos na zona de alta vigilância. Serão três na fronteira com a Bolívia e oito na região sul do Estado, na fronteira com o Paraguai.
“Nós queremos manter o Estado livre de aftosa com vacinação e, quem sabe, no menor prazo possível, até sem vacinação para exportarmos nosso produto aos mercados internacionais”, disse o governador.
FONTE: Globo Rural
quarta-feira, 22 de outubro de 2008
FEBRE AFTOSA
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