Produtores de cana-de-açúcar de São Paulo começam o combate da cigarrinha-da-raiz. A praga aparece mais nos períodos de chuva.
A plantação está com dois meses e meio e já é possível encontrar a cigarrinha. “Com o início da época chuvosa, entre outubro e novembro na nossa região, as fêmeas colocam os ovos na base da planta, na superfície do solo, e começam a sugar a seiva da cana”, explicou o agrônomo Fernando Palma.
Com a proibição da queima da cana e o aumento da colheita mecanizada, a cigarrinha encontrou o ambiente ideal para se desenvolver. A palha deixa a terra úmida e protegida do sol. A espuma liberada pelo inseto também é uma proteção.
O Estado de São Paulo é hoje o maior produtor de cana do país. Responde por quase 58%. Por isso, são feitos investimentos para controlar as pragas como a cigarrinha. No laboratório de uma usina em Araras foi desenvolvido um tipo de bioinseticida. O fungo de combate à cigarrinha cresce no arroz. Ele usa o amido para se desenvolver.
“Ele entra em contato com a cigarrinha. Toma conta do organismo dela e mata”, esclareceu André Silva, analista de laboratório.
De acordo com os pesquisadores, o controle com o bioinseticida é mais vantajoso do que o químico tanto relacionado ao custo, menor ao produtor, quanto às agressões ao meio-ambiente, que deixam de existir.
No campo o arroz é lavado até que fungo passe pela água. Para cada hectare de cana são necessários dois quilos de bioinseticida e 50 litros de água. Pequenos e médios produtores têm outra alternativa.
“É fazer uma pulverização terrestre. Não tenho dúvida de quem partir para o controle biológico terá sucesso e eficácia no controle com baixo custo e de forma sustentável para o meio ambiente”, concluiu o agrônomo.
FONTE: Globo Rural
terça-feira, 21 de outubro de 2008
Ataque da cigarrinha
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário